Enfrento, e reconstituo os pedaços, a gente enfeita o cotidiano - tudo se ajeita.

terça-feira, 30 de junho de 2009

o fim é belo, depende de como você vê.

foi então que ela percebeu que o mundo dá voltas e isso não é só mais uma coisa que as pessoas falam. o mundo estava desabando sobre a sua cabeça mais uma vez, uma coisa que ela imaginou não acontecer novamente. duas pessoas, errantes e sempre. não iria mudar. ele continuou a falar sobre desculpas e futuro, mas ela não o ouvia, seus olhos pareciam vidros e o eco das primeiras palavras rodavam na sua cabeça. ainda bem que ele não a via naquele momento, ela não queria parecer fraca, apesar de ter certeza que ele sabia o que estava se passando do outro lado. mesmo assim quis parecer fria, manteve o tom da voz e encerrou a conversa.
não foi fácil, de novo aquele momento estava cercando a sua vida, parecia um fantasma, mas dessa vez a fez pensar em coisas que não havia pensado das outras vezes, agora não estava cega. ela pôde ver coisas que o amor antes não deixava ver, ou então a maturidade estava presente desta vez. são coisas que normalmente os apaixonados não conseguem ver com tanta facilidade nem que esteja logo depois do seu nariz. ela conseguiu entender que a amizade era a única coisa que podia restar, entendeu que ela não poderia continuar fingindo que tudo passaria , e que sim, ela podia se surpreender com ele sempre. não foi a decisão mais fácil da sua vida, mas foi a atitude mais sensata que poderia tomar. ela então caiu em si. não um amor, ela o amava, e o ama, mas dessa vez, tentar.á olhá-lo como apenas o melhor amigo que alguém poderia ter nessa vida.

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