Enfrento, e reconstituo os pedaços, a gente enfeita o cotidiano - tudo se ajeita.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Nunca havia se sentido assim, vendo o vazio em tudo que existia, não conseguindo enxergar vida em nada, se é que conseguia sentir que tinha vida. Já se passavam das onze, o sono ainda não tinha chegado, podia sentir a brisa bater nas suas pernas que não estavam cobertas, era dificil entender o que estava mais frio, por fora ou por dentro, fingindo ser forte, fingindo ter um sorriso verdadeiro, quando na verdade está desmoronando. Com o passar do tempo as cobranças só aumentavam, o medo de decepcionar também, o medo de se pegar chorando sozinha também, o medo de ser sozinha também. No fundo disfarçava todo esse medo saindo, bebendo, curtindo, mas sozinha? sozinha era vazio, mas se considerava feliz, quando não pensava nas coisas ruins. Ate que ponto vale se esconder atras de um sorriso, de um sorriso que de longe pode parecer real, mas de perto, é frio, amargo, e só. Ela se se via presa, esperando aquele Deus, finalmente a libertar.

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