Enfrento, e reconstituo os pedaços, a gente enfeita o cotidiano - tudo se ajeita.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quando eu era pequena, mas bem pequenininha meesmo, eu queria ser uma atriz. Daquelas famosas, de batom vermelho, que desfilam pelo tapete vermelho em meio aos flashs dos Paparazzi. Atuaria em muitios filmes, usaria um boá cor de rosa, viveria numa mansão enorme, e as torneiras do banheiro da minha mansão seriam folheadas a ouro. Teria uma podle mimada com um nome tipo Chèrie, falaria francês, esnobaria a ralé, andaria com o nariz empinado, você sabe.Pois é, eu era pequena. Depois dessa fase, eu quis ser desenhista. Passava o dia inteiro desenhando, gastava dúzias e dúzias de papel por semana, e eu gostava. Mas gostava mesmo, eu tinha certeza de que aquele seria meu futuro. Depois, eu resolvi .. crescer. Tipo assim. "um dia acontece, a gente tem que crescer". O que rola é que um dia a gente cresce e percebe que aqueles nossos paradigmas não são possíveis. A gente se toca de que não dá pra ter uma mansão , e de que precisa ter muito talento, e muita sorte, pra se tornar um desenhista de sucesso, que os nossos pais não tem todas as respostas, que são humanos como nós e às vezes piores que nós, que são hipócritas e que cometem erros, que o Papai Noel não existe, que a fada do dente na verdade é a sua mãe, que a Páscoa é apenas mais um feriado com fins comercias, feito pra você engordar e gastar dinheiro, que não existem almas gêmeas, e que o bem nem sempre vence o mal.
Mas é claro que se amadurecer fosse abrir mão dos sonhos, bem... De que vale viver?
Isso em falar que os psicólogos, psiquiatras e analista iam fazer muuuita grana.

Só pra constar: Minha ambição infantil no momento é escrever.

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